Neste exato momento estou olhando pela janela de meu escritório e vejo nuvens carregadas. Há pouco, um trovão rugiu, distante. O coqueiro à frente do meu prédio está com as folhas em movimento, um movimento rápido e em uma única direção – bem como os galhos de demais árvores. Já sinto o cheiro de “molhado”. Vai chover.
Na sentença acima eu fiz exatamente o que costumo fazer com um Mapa Astral ou uma tiragem de Tarô/Tarot. Eu li os símbolos/sinais e interpretei o que significam. Nuvens escuras, vento forte, trovão, tudo isso me fez perceber que uma situação se concretizava. E embora não estivesse chovendo no instante em que vi os sinais, eu interpretei seus significados de que o próximo evento seria exatamente este: a chuva.
Isso faz de mim um adivinho? Sensitivo? Obviamente que não. Meu gato se escondeu embaixo da mesa no mesmo instante, pois tem medo de chuva. Obviamente ele não previu a mudança no clima, mas foi tão eficiente quanto eu em interpretar os sinais da natureza.
Eu costumo dizer que ler um Mapa Astral ou as Cartas do Tarô, é algo fácil. Qualquer pessoa em posse do conhecimento do sistema de símbolos, como um livro ou uma tabela, e do objeto, como um Mapa ou um baralho, pode ler estes itens.
Interpretar é que é a grande questão!
Cada sinal, cada símbolo, está envolto em uma série de significados construídos através de experiências e da própria História. Símbolos, cores, mitos, lendas, parábolas e até a matemática, se reúnem ao redor destes sinais para embuti-los de significados. Veja, a Astrologia, irmã da Astronomia, tem seu berço há mais de 12.000 anos – sim, homens das cavernas liam o céu e interpretavam seus sinais.
Por isso, no meu entendimento, o conhecimento e a experiência levam à interpretação. Cabe ao candidato à Tarosofista ou Astrólogo o estudo destes legados e conhecimentos, e uma construção saudável de sua própria experiência nessas Artes, para enfim ser capaz de não apenas ler, mas interpretar.